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Dra. Ana Cláudia de Lima Silveira

CRM 131265 / RQE 96792

Sobre mim:

Ensino superior: Faculdade de medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas - (Puc-Campinas); Campinas – SP. Residência médica: Residência médica em oftalmologia, no Hospital e Maternidade Celso Pierro – (Puc-Campinas). Subespecialização: Fellowship em estrabismo e oftalmopediatria , no Hospital e Maternidade Celso Pierro – (Puc-Campinas). Membro da Associação Médica Brasileira (AMB). Membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Título de especialista pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).

Atenção, mamães e papais!

Quando devo levar meu filho para PRIMEIRA consulta com oftalmologista?

***A Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria (SBOP) recomenda que os bebês passem por uma PRIMEIRA avaliação entre 6 meses e 1 ano de vida. * Nos casos em que a mãe teve algum problema na gestação (infecções pré-natal) ou o bebê nasceu prematuro ou nasceu no tempo certo porém, com alguma alteração ocular deve ser avaliado imediatamente. A visão se desenvolve durante a infância alcançando a maturidade visual ("potência máxima") por volta dos 6 anos de idade. Se algum problema ocorre nesse período crítico e, não é corrigido a tempo, corre o risco dessa criança ter baixa de visão para sempre. Por isso a importância de uma avaliação oftalmológica desde bebê, pois se tiver alguma alteração ainda há tempo para possível tratamento e preservação da visão. Não esperem... Procurem seu oftalmopediatra!

Você sabia que hiperatividade (TDAH) e/ou outros distúrbios de comportamento / aprendizagem, na verdade, podem ser problemas nos olhos?

A criança não sabe dizer (reclamar/queixar) que está enxergando embaçado (dos 2 olhos e muito menos de 1 só!). Ela é muito esperta e se adapta muito bem às alterações visuais...tão bem a ponto de ninguém percerber que algo está errado. Isso tudo pode ser confundido com problemas comportamentais, como déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e/ou dificuldade de aprendizagem. Essa confusão diagnóstica ocorre porque simplesmente a criança não consegue enxergar na lousa para aprender e, por isso não tem o interesse de ficar quieta olhando pra frente. Portanto, obviamente, ela acha algo mais "legal" para fazer, como por exemplo: conversar com o amigo do lado, levantar e sair andando ou qualquer outra coisa mais interessante em vez de ficar olhando pra um “borrão” sem graça. “Nossa...essa criança não aprende...não fica quieta...deve ter TDAH ou qualquer outro diagnóstico!" E na verdade, na maioria das vezes, a coitadinha apenas está precisando de um óculos!

Criança NÃO é um mini-adulto! Procure um OFTALMOPEDIATRA

A avaliação ocular da criança é um atendimento oftalmológico muito específico (bem diferente do adulto) e desafiador, o que demanda muita calma, profissionalismo e empatia. Sempre gostei de trabalhar com crianças e principalmente quando me tornei mamãe aprendi ainda mais como lidar com esses pequenos. Saber o momento certo para abordá-los e principalmente de uma maneira respeitosa, carinhosa e cativante. Tornando assim a consulta oftalmológica uma experiência muito mais leve e eficaz.